Vanessa: Queria que o fizesse, assim, eu poderia pegar Riley e ir embora. – Bufou. – O que será que eles tanto conversam?
Alex: Não sei, mas com certeza não é sobre o pai dele. – Vanessa o encarou. – O que foi?
Vanessa: Como podes saber? Tens ouvido biônico?
Alex: Ele te prometeu que não falaria, não foi mesmo? – Questionou respirando fundo. Sabia que ela estava nervosa e que logo mais a noite pediria desculpas por ser tão grosseira.
Vanessa: E você acreditou? – Cruzou os braços. – Eu não confio nele e nem naquela família.
Alex: Eu sei e até concordo, mas não sejas tão dura com ele; não na frente de Riley.
Vanessa: Eu só quero protegê-lo.
Alex: Sei disso, e acredite, estás fazendo um ótimo trabalho, como sempre. – A beijou delicadamente. – Mas não acho que será saudável para Riley ver o tio como um inimigo da própria mãe. Ele pode se sentir pressionado a escolher alguém, você deve saber.
Vanessa: Certo, não me distraia. – Pediu olhando ao redor. – Onde estão?
Chace: Bem atrás de vocês. – Riu e Riley o acompanhou saindo de trás da árvore. –Queria saber se posso levá-lo para tomar sorvete. Está um pouco quente e...
Vanessa: Não prefere deixar para outro dia? – Sorriu olhando o filho. – Ele já deve estar cansado.
Riley: Queria tomar sorvete, mamãe. A senhora não está com calor? – O pequeno questionou enxugando a testa com a manga da camisa.
Alex: Podemos ir todos à uma sorveteria que tem aqui perto. – Sugeriu e logo recebeu um olhar duro da esposa. – Ou eu poderia ir e trazer o sorvete em vasilhas. – Sorriu se desculpando.
Vanessa: Acho bem melhor essa ideia.
Chace: Então esperamos vocês aqui.
Vanessa: Eu não disse que ia.
Chace: O que você acha que eu vou fazer? Raptá-lo?
Vanessa: Não duvidaria.
Alex: Filho, vamos ali comigo? Quero te mostrar uma coisa. – Riley concordou de mau grado e logo os dois se afastaram.
Chace: Estás sendo imatura. Se eu quisesse fazer algo com ele, já tinha feito.
Vanessa: Eu sou mãe e sei o que é melhor para o meu filho.
Chace: Também tenho um filho, Vanessa, e sei como se sente. Achei que éramos amigos.
Vanessa: Você é irmão...
Chace: Irmão, não sou ele. – Bufou. – Olha, você precisa confiar em mim. Eu só quero conhecer o meu sobrinho. Se quiser, na próxima deixo você com o meu filho e assim ficamos quites.
Vanessa: Não sei se haverá próxima.
Chace: Você mesma sugeriu. – Sorriu. – Vamos, me deixe ir tomar sorvete com ele. Não demoro mais do que cinco minutos e vocês podem ir pra casa.
Vanessa: Tudo bem. – Concordou de cara amarrada. – Mas é bom que traga mesmo o seu filho na próxima vez, e será no lugar que eu escolher.
Chace: Trato feito. – Sorriu e ela bufou.
Vanessa chamou o marido e o filho e em seguida se despediram vendo Chace e Riley atravessando a rua de mãos dadas.
Riley: Minha mãe não gosta muito de ti. – Falou observando a rua de pedra.
Chace: Sim, eu percebi.
Riley: Não entendo. Você é legal comigo e com ela e o pai. – Sorriu. – Quem deveria ter ciumes era o pai. Você é bonito e simpático.
Chace: Ele deve saber que ela o ama, e na verdade, sua mãe tem ciumes de ti comigo.
Riley: Porquê? – Questionou confuso.
Chace: Homens se dão melhor com homens e bem, ela deve se sentir excluída da sua vida. – Disse entrando na sorveteria. – Você me disse que ela não sabe da sua admiração pela professora.
Riley: Amor. – Corrigiu.
Chace: Isso, amor. – Disse e se aproximou do balcão. – Qual o seu sabor preferido?
Riley: Limão com chocolate.
Chace: Sério? – Sorriu admirado. – O do teu pa... digo, o de um amigo meu também.
Riley: E o Fred, como está?
Chace: Vai bem. Você gostou dele?
Riley: Sim, muito. Ele me parece ser um cara legal.
Chace: E ele é. Também gostou muito de você e quer saber quando você vai vê-lo.
Riley: Isso minha mãe que sabe. – Sorriu se lambuzando com o sorvete.
Chace: Está gostando?
Riley: Sim, obrigada. Mas eu não entendo uma coisa. Porquê me fez todas aquelas perguntas?
Chace: Apenas quero conhecer você.
Riley: E porquê?
Chace: Você me parece um menino interessante, só isso. – Se levantou. – Vamos, sua mãe já deve está preocupada.
Chace pagou a conta e eles voltaram para o parque que tinham passado grande parte da tarde.
Vanessa: Acho que já está na hora de irmos. –Falou assim que eles se aproximaram. –Seu pai tem tarefas para corrigir.
Chace: Nos vemos no próximo passeio então. A propósito, quando será?
Vanessa: Eu ligo marcando a data.
Chace: Estarei esperando. – Sorriu e se abaixou para ficar na altura do menino. – Nos vemos em breve.
Riley: Sim, e quem sabe, você não vai lá em casa depois e eu te mostro minha coleção de livros?!
Vanessa: Riley!
Alex: Seria uma boa ideia para ficarmos todos juntos. – Olhou para a esposa. – Vamos?
Riley: Tchau, tio Chace. – Fizeram um toque de mão e Vanessa gelou.
Vanessa: Vamos, Riley. – Puxou a mão do menino até o carro.
[...]
Chace: Família, cheguei. – Anunciou rindo e indo em direção ao irmão.
Zac: Achei que tinha se perdido no caminho. – Brincou e embalou o sobrinho.
Chace: Sou loiro, mas não burro. – Sorriu. – Está dormindo à muito tempo?
Zac: Não, acabou por adormecer. – Disse colocando Mikael no berço. – E então, como foi?
Chace: Bem tenso. Vanessa está irredutível, mas o Alex sabe controlá-la muito bem.
Zac: E meu filho? – Perguntou respirando fundo; era a segunda vez que Chace pronunciava o nome do outro.
Chace: É muito fechado e preso ao mundo de fantasias. – Sorriu lembrando-se das histórias que ele tinha contado. – Falou mais sobre os livros do que dele mesmo.
Zac: Ele respondeu as perguntas?
Chace: Sim, e até estranhou o porque de eu tê-las escrito num papel.
Zac: E então, quais são as respostas?
Chace: Posso tomar um banho primeiro? – Perguntou querendo deixar o irmão curioso. Chace estava disposto a fazer Zac interagir mais com o filho, Vanessa querendo ou não; e talvez assim, Zac veria como o menino era apegado a mãe e também precisava dela. – Prometo que depois te contarei todos os detalhes dessa tarde.
Zac: Tenho escolha? – Suspirou. – Não demores.
Chace: Claro, claro. Podes pedir para Kim me preparar algo para comer?
[...]
Alex: Querida, vai acabar fazendo um buraco no chão desse jeito. – Sorriu e ela o encarou.
Vanessa: Eu quero saber o que eles tanto conversaram mas ele não me diz. – Sentou-se na cama com as mãos na cabeça. – E ele o chamou de "tio", tu ouviste. – Suspirou. – Será que ele contou e meu filho está contra mim?
Alex: Você está se martirizando atoa. Riley só pediu para jantar no quarto, o que tem de mau nisso?
Vanessa: Ele não costuma fazer isso.
Alex: Apenas está cansado. Fazia tempos que não passava tanto tempo sem a companhia de um livro. Na verdade, acho que nunca o vi brincando ao ar livre.
Vanessa: Fale com ele, por favor. Ele conversa mais com você do que comigo. – Pediu enciumada.
Alex: Podemos fazer isso juntos, mas você também poderia fazer isso sozinha. Leve um copo com chocolate quente e pergunte o que ele achou do dia. Só não sejas tão dura com ele.
Vanessa: Odeio quando tentas me ensinar a lidar com meu filho.
Alex: Não estou tentando te ensinar nada, só estou te dizendo como eu faria para me aproximar dele sem pressioná-lo. – Bufou. – Você está muito estressada ultimamente. Não achas melhor voltar a vê seu psicólogo?
Vanessa: Não tenho tempo de cuidar de meus pacientes, quanto mais de mim mesma. – Se levantou. – Vou ter com meu filho. Não precisa me esperar acordado. – Avisou saindo do quarto.
Sabia que Alex queria ajudá-la, mas não aceitava a ideia de que alguém sabia mais a respeito de Riley do que ela mesma. Foi até a cozinha para preparar o chocolate quente e se assustou ao ver o filho ao telefone.
Riley: Sim, eu li esse. – Sorriu. – Não me conte o final, eu ainda não cheguei nessa parte. – Gargalhou. – Ah não, eu odeio você. – Riu e Vanessa já estava nervosa. Pelas horas, ele já deveria estar na cama. Desceu o resto das escadas e se posicionou atrás do sofá. – Ahn, eu preciso desligar. Nos vemos depois. – Colocou o telefone no gancho e olhou desconfiado para a mãe.
Vanessa: Posso saber com quem você conversava tão alegremente? – Perguntou sentando-se ao lado dele.
Riley: Não era ninguém importante. Vou me deitar, boa noite.
Vanessa: Espere, não suba ainda. Quero conversar com você. – Disse indo até a cozinha e ele a seguiu. – Quer chocolate quente? – Ele negou com a cabeça. – Eu sim. Então, me diga: quem era? Não ouvi o telefone tocar.
Riley: Um amigo da escola.
Vanessa: A essa hora? Ele já deveria está dormindo, assim como você. – Ele nada disse. – Me conte a verdade. Para quem você ligou?
Riley: Para Chace. – Suspirou e Vanessa arregalou os olhos.
Vanessa: Você mexeu na minha bolsa?
Riley: Não, claro que não.
Vanessa: Então como descobriu o telefone dele?
Riley: Ele me deu um cartão com o número quando estávamos no parque.
Vanessa: E sobre o que conversaram? Vocês pareciam muito a vontade.
Riley: Ele me fez perguntas e eu respondi. – Bocejou.
Vanessa: E o que ele falou pra você?
Riley: Muitas coisas.
Vanessa: Que tipo de coisas?
Riley: O que gosta de fazer, de comer, do filho e de ler. Acredita que ele já foi em Londres na casa do Sherlock? – Vanessa riu.
Vanessa: Só falaram sobre isso?
Riley: Ele tinha uma lista de perguntas que eu tive que responder.
Vanessa: Lista? – Perguntou desconfiada. Chace iria explicar sobre isso depois.
Riley: Sim.
Vanessa: E quais eram essas perguntas?
Riley: Várias. O que eu gostava de fazer, de beber, quem eram meus amigos, com quantos anos eu falei, qual foi minha primeira palavra, quando meu primeiro dente caiu, quando andei pela primeira vez, sobre você e o papai.
Vanessa: E você respondeu?
Riley: As que eu sabia, sim. – Bocejou. – Posso dormir?
Vanessa: Sim, já passou da hora. – O menino levantou e a abraçou antes de lhe dar um beijo no rosto. – Me responda só mais uma coisa: Porquê o chamou de tio?
Riley: Não sei bem, foi coisa do momento. Boa noite, mamãe. Amo-te.
Vanessa: Boa noite, Riley. Da próxima vez que quiser ligar para alguém, pergunte para mim ou para seu pai primeiro, ouviu? – Ele concordou com a cabeça e ela o beijou na face. – Amo-te, boa noite.
(S2S2S2S2S2S2S2S2)
Certo aqui está mais um capítulo como o Dia e a Noite este foi feito pela Thata e ambas esperamos que gostem, agradecemos a quem comenta nos pequenos quadrados ou por escrito sempre bom saber o que estão achar da historia principalmente desta que esteve parada por bastante tempo e quem não segui a primeira temporada não vai entender a segunda então aconselhava se alguém não viu a !º parte melhor dar umas espreitadela-la para entender melhor o contesto da historia =)